Match-fixing é a expressão que define a prática de combinar resultados desportivos, com vista a obter prémios desportivos ou quantias provenientes de apostas a dinheiro. Neste último caso, a tentativa é a de forjar um resultado ou uma determinada ocorrência no tempo útil de jogo, por forma a vencer uma aposta previamente estabelecida. Com esse propósito, são os jogadores ou os árbitros os elos chave na execução desse esquema, por meio de um ou vários subornos (monetários ou de outra espécie).

Desde há cinco anos, várias entidades oficiais (FIFPro, UEFA, Interpol, FIFA, Transparency International, entre outras) têm debatido e anunciado medidas contra a prática do match-fixing. É um problema crescente com diversas ocorrências registadas no Ocidente, nomeadamente nos campeonatos turco, suíço, alemão e de outras zonas do leste europeu.

O match-fixing é considerado um perigo real para o futuro competitivo e da integridade desportiva do futebol profissional, daí que, em 2011, a FIFA tenha financiado a Interpol em 20 milhões de euros para descortinar práticas do fenómeno ilegal.

O mercado das apostas sofreu uma transformação profunda com a revolução tecnológica: actualmente, são movimentados 530 mil milhões de euros anuais. A margem de lucro desta forma de corrupção é, por isso, avassaladora. Não admira, portanto, que o Conselho Europeu tenha anunciado, recentemente, 49 medidas e recomendações concretas para combater a prática do match fixing.

No início de 2013, a Europol revelou os resultados de uma investigação ocorrida nos dois anos anteriores. A Operação VETO descobriu diversos grupos asiáticos, compostos por um total de 425 indivíduos (“agentes”), que se movimentam em muitas das competições da FIFA, entre as quais o Campeonato do Mundo de sub-17, Mundial de sub-20 e o Campeonato do Mundo de Futebol Feminino.

Recentemente, desencadeou-se em Portugal a Operação “Jogo Duplo”, que levou à detenção de jogadores e dirigentes de clubes da Segunda Liga.

Além de considerar a prática condenável dado o seu teor ilegítimo de obtenção de rendimentos, o SJ e a FPF  acreditam que a espontaneidade no futebol é o que lhe dá beleza, emoção e espectáculo. Combinar o resultado final de antemão estraga tudo aquilo que representa a prática futebolística e o espírito desportivo.

– Desde 2009 foram detetados 2900 eventos desportivos (jogos de futebol, ténis, basquetebol, etc), que resultaram em 2000 participantes considerados culpados e sancionados pelas entidades desportivas, mas apenas 24 casos individuais considerados culpados e punidos em termos criminais por tribunais civis.

– A Sportradar mantém parcerias com diversas organizações internacionais, entre as quais a UEFA, a AFC (Confederação Asiática de Futebol), a ‘World Rugby’, a ICC (Câmara Internacional de Comércio), a NBA e a NHL (Liga Nacional de Hóquei), e monitoriza cerca de 230 competições de futebol em todo o mundo.

O rosto de uma campanha desta natureza deve ser uma referência no plano desportivo e social, devendo ter uma dimensão internacional.

Pedro Pauleta, além da sua dimensão pessoal, sempre esteve associado aos valores maiores do desporto: respeito, fair-play, solidariedade e verdade.

O SJ e a FPF são unânimes na escolha de Pedro Pauleta como embaixador, na certeza de que o futebol, o desporto e o país sairão dignificados.

Nascido a 28 de Abril de 1973 no arquipélago dos Açores, foi internacional português em 88 ocasiões, tendo apontado 47 golos. Cidadão do Mundo, Pauleta tornou-se no primeiro internacional português sem nunca ter jogado na Primeira Liga portuguesa, tendo representado, entre outros, o Deportivo da Corunha (Espanha), o Bordéus e o Paris Saint-Germain (França). Representou Portugal nas fases finais do Euro 2000, do Mundial 2002, do Euro 2004 e do Mundial 2006. Actualmente é director da FPF, um dos rostos das selecções jovens e embaixador do PSG.